Em 1971, Augusto Boal é exilado e após percorrer a América Latina e Europa se instala na França onde funda o CTO-Paris. Em 1986, Darcy Ribeiro então secretário de educação do Rio de Janeiro, com a intenção de implantar a Fábrica de Teatro Popular (projeto de Boal) convida Augusto Boal a retornar ao Rio. Do grupo que formava a Fábrica de Teatro Popular surgiu então o Centro do Teatro do Oprimido, com direção artística de Boal.
O Centro do Teatro do Oprimido é uma instituição de pesquisa e difusão das técnicas utilizadas dentro da Estética do Oprimido. O CTO (Centro do Teatro do Oprimido) realiza laboratórios e seminários com o intuito de revisar, experimentar, analisar e sistematizar exercícios, jogos e técnicas referentes ao Teatro do Oprimido.
“ MISSÃO
Promover o fortalecimento da cidadania e a justiça social através do Teatro do Oprimido, como meio democrático na transformação da sociedade.
VISÃO
Atuamos para que as camadas oprimidas e marginalizadas da sociedade se afirmem como produtoras de sua própria arte e protagonistas de suas vidas.
VALORES
Vida + Ética + Solidariedade + Estética + Diálogo
VIDA: Somos amantes da vida e valorizamos todas as suas formas, buscando o equilíbrio das ações humanas com a natureza. Esse amor nos impulsiona a desenvolver nosso trabalho, lutando pelo respeito as diversidades.
ÉTICA: Prendemos e ensinamos que nenhuma busca é justa e honesta se não for realizada com ética. É nela que baseamos nossa forma de trabalho.
SOLIDARIEDADE: Temos um compromisso e obrigação ética com os oprimidos. A solidariedade é a força do método. Quando nos associamos a uma causa, estamos apoiando e sendo co-responsáveis por ela.
ESTÉTICA: A capacidade humana de inventar, imaginar e transformar através da arte é infinita, ajudando o ser humano a se redescobrir e ganhar força para lutar.
DIÁLOGO: Acreditamos no diálogo como meio na busca da paz. Queremos um mundo pacífico, mas jamais passivo.”
Estas são missão, visão e valores do CTO de acordo com o site oficial da instituição, que mostra claramente quais as intenções do Teatro do Oprimido e o compromisso de defender a vida e a liberdade sem jamais recorrer à violência.
EQUIPE DO CTO
CoordenaçãoHelen Sarapeck
Curingas e Elenco
Geo Britto
Olivar Bendelak
Claudete Felix
Flávio Sanctum
Cláudia Simone
Curinga Internacional
Bárbara Santos
Curingas Regionais
Cláudio Rocha
Kelly di Bertolli
Yara Toscano
Curingas Assistentes
Monique Rodrigues
Alessandro Conceição
Janna Salamandra
Consultoria de Imagem
Cachalotte Matos
Administração Financeira
Graça Silva
Assessoria de Comunicação
Ney Motta
Assessoria Jurídica
Victor Gabriel
Curinga é como é chamado o mediador das práticas do Teatro do Oprimido, ou como diz Boal no livro Jogos Para Atores e Não-atores quando fala sobre o Teatro-Fórum “Curinga é o nome que damos ao meste-de-cerimônias do espetáculo-fórum”. Já de acordo com o site oficial do CTO “Curinga é a terminologia criada por Augusto Boal para definir a função de facilitador e especialista em Teatro do Oprimido”. O curinga pode ser definido também como multiplicador do TO. Dentro das práticas, o curinga é aquele que enuncia as regras do jogo, e faz pequenas intervenções que norteiam os praticantes para alcançarem o objetivo e não se desviem do foco.
Conduta do Curinga
O curinga deve evitar todo tipo de manipulação ou indução do espectador. Não deve tirar conclusões que não sejam evidentes, deve sempre questionar as próprias conclusões e enunciá-las em forma de perguntas para que os participantes não apenas recebam esta informação, mas que cheguem a esta conclusão da mesma forma que o curinga o fez.
O curinga não decide nada por conta própria. Enuncia as regras do jogo e deve aceitar até mesmo que os participantes mudem essas regras se julgarem necessário.
O curinga deve constantemente reenviar suas dúvidas à platéia para que esta decida aquilo que vale ou não, aquilo que é certo ou errado dentro do jogo, especialmente no que diz respeito às intervenções dos espectadores.
O curinga deve estar atento as soluções que são produto de fantasia, isto é, não ocorrem na vida cotidiana. Mas não se esquecendo de questionar a platéia para que esta sim decida se a ação é correta ou não.
A postura física do curinga também é importante. Este deve ser dinâmico na sua postura e nas suas intervenções para que transmita aos outros participantes este dinamismo. Site oficial do CTO-RIO
http://ctorio.org.br/novosite
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